segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dievas



hoje vi a face oculta de deus e nela eu era o universo de puro caos e amor.
era Ana, era Sibel, era Zingarina.
era a camponesa de saia rodada que se arrasta na grama. 
era a mãe sentada na beira da nascente vendo a prole brincar.
era mãos de lenha assando pães quentes de afeto e sal.
era fêmea ferida no orgulho dos ciclos e ovários. 
era a costela de Adão.
era a macaca da Etiópia perdida na Macedônia sem floresta.
era a menina comendo ovo cozido na praia de Santos. 
era mito sem rito algum. 
era dor e ardor na pele vulcânica. 
era emaranhado de erros e gestos afobados. 
era harmonia e acordes nos sons do sim. 
era pura aceitação de rebeldia.
era forte e feiticeira. 
era a morte.
era renascimento.



2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo ver-te renascer!
Cada vez mais segura, mais mulher e mais magra!!! rs
Te adoro de motão amiga,
bjim

juliana c disse...

esse escrito e essa foto meu deu vontade de te ver ao vivo!