domingo, 13 de setembro de 2009


Se continuar assim vou parir toda a humanidade.
(Tenho cólicas de criação)
Estou produzindo em todo lugar, em toda máquina, em todo papel, em todo canto.
Com tinta, sangue e lágrimas.
(suor)
Cada esquina tem tido o meu olhar, em toda quina eu bato a cabeça.
Estou alargando, alargando, não sei se vai caber tudo em mim.
(À noite sinto meu corpo expandir)
Quanto mais preciso de coisas, mais já tenho tudo o que preciso.
(Está tudo aqui agora mesmo)
Cheguei onde não sou forasteira.
(Onde te esperam?)
Ou talvez tudo tenha convergido em meu uni(verso).
Minhas cicatrizes viraram adorno.
Meu corpo plataforma.
(Tanta coisa e ânsia de mais)
(Ah)
Cada fruto meu traz também semente.
Me alastro viriótica.

3 comentários:

Nanda disse...

lindo.

Alice Diniz disse...

Muito forte e bonito! Belos textos, parabéns pela sensibilidade de compartilhar uma maneira tão linda de pensar.
Abraços!

Heloisa disse...

...poeta nasce feito! Vive com a viva voz da Vida...
Sua Vida é um Encanto, é um Acalanto!

Bjs.